Outro dia em uma live com o estilista, Marcus Figueiredo, da Moda de Pedro, a Daniela Falcão , mencionou que o artesanato made in nordeste, se assemelha muito com a Alta Costura, na qual por 15 anos, acompanhou de perto quando pilotava a Vogue Brasil.
E ela tinha razão: o nosso país está cheio de artistas que fazem trabalhos beirando a poesia. Uma dessas artes, é a renda Frivolitê. Dizem que sua primeira menção se deu por volta de 1707, no poema “The Royal Knotter”, de Sir Charles Sedley, que cita a Rainha Mary II “fazendo frivolité”. Conheci a renda durante minha visita a Passa e Fica/RN, no último final de semana. A técnica que passa por gerações, conta com pouquíssimas artesãs que dominam. O ponto é tão delicado que é de se impressionar que tudo seja feito manualmente apenas com auxílio da navete, uma lançadeira que auxilia na confecção dos nós.
A história do Frivolitê está ligada diretamente ao início de Passa e Fica, sendo trazida pela esposa do primeiro prefeito da cidade, onde a mesma fomentava outras mulheres para que essa técnica não caísse no esquecimento. Hoje, uma das artistas que leva a renda Frivolitê para frente, é a Cláudia Medeiros, do @FrivoliteCM. Precisamos valorizar o que temos de melhor em nossa região. A moda se faz por pessoas que contam história, e Cláudia é uma delas. Quem se interessar, pode encontrar as peças também diretamente na @casadoartesaopfrn.
O nome correto é Cláudia Mendonça, sou sobrinho dela e fazendo uma pesquisa dei de cara a esse artigo.