Em uma moda de excessos, o minimalismo é o respiro estético

Quando conversei com Anna Fernandes, diretora da marca carioca Na.Loo (@usenaloo), ela me disse que não tinha pretensão de ser uma etiqueta lembrada por peças statements, mas por trazer roupas que façam sentido pelo preço justo, conforto e qualidade. E é bem isso que a Na.Loo se propõe mesmo: além de fugir do óbvio sobre o que é ser uma marca nascida no Rio de Janeiro, foca em cores sóbrias, cortes retos e foge das estampas tradicionais, mas isso não impede de trazer a tropicalidade me tecidos mais leves e transparências bem pensadas.

Preto, branco, azul-marinho e cinza são pilares base para uma curadoria de peças que conversem entre si, mas os tons terrosos ganharam espaço para uma versatilidade no estilo de quem busca sair da zona de conforto e se diversificar nas cores do estilo. E diversidade é palavra de ordem: por suas formas e modelagem, o minimalismo acaba sendo democrático no sentido de não ter regras de gênero entre as peças.

Entrando no campo de uma moda simples sem ser simplista em uma indústria onde as tendências são descartáveis, fica cada vez mais claro que em um futuro não tão distante, quem irá sobreviver são aquelas empresas que souberem traduzir seus códigos e DNA’s de uma maneira que não se percam e nem se esvaziem com o passar do tempo e das temporadas.

Pode parecer complexo quando falamos de uma geração acelerada onde as novidades são esgotadas – do sentido comercial ao de prazer– em instantes. Quando pensamos em moda, além do papel social da roupa, nos atentar a características que passeiam pela qualidade e durabilidade são essenciais. É quando falamos de um guarda-roupas inteligente.

Será que precisamos realmente ter tudo?

Todos esses tópicos se unem no movimento #CompredeQuemFaz, pautando a cadeia de consumo consciente e trazendo preços justos para o consumidor que quer comunicar moda além das fast-fashions, e é nessa moda que a Na.Loo acredita.

E como nada se resume apenas às roupas, esse ar minimalista também puxa o fio para um estilo de vida como um todo, pautando o nosso consumo geral e energia em iniciativas que olhem o modelo de sociedade.

Tem algo mais cafona do que um closet parado?

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