Confesso que fiquei com um pé atrás ao ver tantos comentários relacionados a nova série da Netflix, “Emily in Paris”. Estrelada por Lily Collins, o show é criação do Darren Star, conhecido por seu trabalho em “Sex and the City”.
A série retrata a vida de uma mulher da nova geração que larga sua vida em Chicago para viver o sonho parisiense em um novo trabalho. Uma das pautas por trás das críticas, é sobre a objetificação de uma Paris fora de moda, além de um figurino fashion super datado, coisa que vimos há um tempinho em Gossip Girl. O irônico, é que realmente as roupas são alá Blair Waldorf propositalmente: a Emily cita GG como uma das suas referências do inalcançável mundo de brilhos e alta-costura.
Quem assina o styling é a renomada Patricia Field, que também trabalhou em “Sex and the City” e em “O Diabo Veste Prada”. Explicado, né? Poderíamos falar horas e horas sobre um novo momento da moda, mas as referências são claras. Vamos esperar a segunda temporada e vê como Emily irá evoluir – ou não – de acordo com as novas perspectivas da personagem.
A trama me pegou de jeito. Maratonei os 10 episódios em um dia. É incrível como algumas obras nos surpreendem e acabam fazendo um reflexo sobre nossas vidas. Emily trabalha com comunicação e redes sociais. Os dilemas da personagem são bem atuais e pontuam os jovens que entram no mercado de trabalho e dão de cara com desafios de empresas tradicionais. É preciso muito jogo de cintura para lidar com situações que até então estão fora do nosso alcance. O cheiro do novo, a coragem por desafios e não ter raizes, é o que mais me chamou atenção. É preciso se desprender de todos os preconceitos e achismos que temos por uma foto ou duas, e entender a essência da série. Não ter medo de errar e ser feliz, define.
Para o momento, é uma comédia romântica que nos convida a sonhar e traz um respiro para um novo futuro de oportunidades. Vale o play!