“VOCÊ JURA QUE ALGUÉM VAI SENTIR INVEJA DA SUA BOLSA DE 100 MIL REAIS QUANDO TEM ALGUÉM PASSANDO FOME?” A influenciadora Nah Gandelmann questiona ostentação e meritocracia na moda

“Pensar que eu vivi no Brasil de Bolsonaro e hoje vivo no Brasil da blogueira com consciência de classe”, afirmou um perfil no Twitter ao compartilhar o vídeo viral da influenciadora @nahgandelmann que abre o diálogo sobre ostentação na moda em um país tão desigual como o Brasil.

Entre contas de bancos, acessos sociais e privilégios, a indústria da moda sempre foi pautada por classes predominantes. Quando o fenômeno das blogueiras surgiu por volta de 2012, isso ficou ainda mais nítido: ostentação, deslocamento de realidade, distorção de imagem e uma certa falta de aprofundamento além do look do dia.

A Nah viralizou justamente por entender o seu local de fala e como tudo isso impacta na vida de uma audiência que a maior parte dela, talvez nunca tenha acesso a um item de luxo porque está mais preocupada com necessidades básicas como saúde, educação e alimentação.

Ao ser questionada por não fazer o tradicional quadro “tour pelas bolsas”, onde as influenciadoras esbanjam seu acervo de itens grifados, ela disparou: “comecei a trabalhar na internet há poucos meses, não faz nem um ano, e 90% das coisas que tenho foram presenteadas pelos meus pais. Não comprei essas coisas, não gastei meu próprio dinheiro, não trabalhei para obtê-las. Meus pais me presentearam, assim como acontece com muitas blogueiras da minha idade.”

E o que a internet nos faz é criar uma falsa impressão de meritocracia, quando muitas das criadoras de conteúdo já surgem com a cor certa, a cidade ideal, o lifestyle que vende e uma família que possibilita essa vida de regalos sem esforços.

“Quando vejo alguém da minha idade exibindo essas coisas e ostentando na internet, fico pensando: ‘Caramba, você não construiu nada disso’. Vivemos em um país com uma desigualdade bizarra […] e quando estamos em um país extremamente desigual, 80%, 70% dos seguidores não têm a mesma realidade”, diz.

“Pensar que eu vivi no Brasil de Bolsonaro e hoje vivo no Brasil da blogueira com consciência de classe”, afirmou um perfil no Twitter ao compartilhar o vídeo viral da influenciadora @nahgandelmann que abre o diálogo sobre ostentação na moda em um país tão desigual como o Brasil.

Entre contas de bancos, acessos sociais e privilégios, a indústria da moda sempre foi pautada por classes predominantes. Quando o fenômeno das blogueiras surgiu por volta de 2012, isso ficou ainda mais nítido: ostentação, deslocamento de realidade, distorção de imagem e uma certa falta de aprofundamento além do look do dia.

A Nah viralizou justamente por entender o seu local de fala e como tudo isso impacta na vida de uma audiência que a maior parte dela, talvez nunca tenha acesso a um item de luxo porque está mais preocupada com necessidades básicas como saúde, educação e alimentação.

Ao ser questionada por não fazer o tradicional quadro “tour pelas bolsas”, onde as influenciadoras esbanjam seu acervo de itens grifados, ela disparou: “comecei a trabalhar na internet há poucos meses, não faz nem um ano, e 90% das coisas que tenho foram presenteadas pelos meus pais. Não comprei essas coisas, não gastei meu próprio dinheiro, não trabalhei para obtê-las. Meus pais me presentearam, assim como acontece com muitas blogueiras da minha idade.”

E o que a internet nos faz é criar uma falsa impressão de meritocracia, quando muitas das criadoras de conteúdo já surgem com a cor certa, a cidade ideal, o lifestyle que vende e uma família que possibilita essa vida de regalos sem esforços.

“Quando vejo alguém da minha idade exibindo essas coisas e ostentando na internet, fico pensando: ‘Caramba, você não construiu nada disso’. Vivemos em um país com uma desigualdade bizarra […] e quando estamos em um país extremamente desigual, 80%, 70% dos seguidores não têm a mesma realidade”, diz.

Estamos longe de conseguir uma equidade dentro da comunicação. As oportunidades para quem vem de baixo são extremamente acirradas no meio competitivo. Mas é interessante o posicionamento da Nah para que a gente siga acreditando que existem pessoas que buscam movimentar as estruturas no auge dos seus privilégios.

Estamos longe de conseguir uma equidade dentro da comunicação. As oportunidades para quem vem de baixo são extremamente acirradas no meio competitivo. Mas é interessante o posicionamento da Nah para que a gente siga acreditando que existem pessoas que buscam movimentar as estruturas no auge dos seus privilégios.

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