Faltando poucos dias para o Baile do MET, o tema movimenta e causa dúvidas. O evento pilotado por Anna Wintour acontece em 1º de maio marcando a abertura anual da exposição vigente com o intuito de angariar fundos para o Costume Institute, trazendo “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”, homenageado o designer Karl Lagerfeld, o kaiser da moda que fez história dirigindo casas como a Chloé, Chanel, Fendi e sua marca homônima.
Karl era uma figura conhecida além do seu talento: as polêmicas de outra época perpetuaram o seu legado. Desde comentários sobre corpos gordos atacando Adele até afirmar que ter tatuagens “é como viver usando um vestido Pucci o tempo inteiro”, o estilista ganhou admiradores e desafetos ao longo da sua carreira.
Em muitos conteúdos que circulam até mesmo após a capa da Vogue América com releituras de célebres estilistas sobre as obras de Karl, é questionada a necessidade de comemorar uma figura que trouxe esse gosto amargo para a moda.
Ouvindo o @reset_pod, o convidado da semana foi o jornalista @BrunoAstuto, onde ele conta um pouco dessa linha do tempo de Lagerfeld e levanta os temas polêmicos e nos faz questionar que a história não pode ser esquecida, mas relembrada e pautando o reflexo do tempo e que não podemos mais perpetuar esses comportamentos, mas sem deixar de lado alguns feitos importantes do Karl.
O sentimento é como se nós estivéssemos mais preocupados em ajustar o que não tem mais solução. Se você perceber, existem vários Karls por aí que precisam de uma dose de noção para que não repita todo esse comportamento tóxico de uma velha moda.
Se formos pontuar todo o histórico das diversas grandes casas de moda, estaríamos nos colocando no papel de alerta máximo sobre o consumo, porque boa parte das etiquetas passaram e foram forjadas por muitas polêmicas.
As contribuições foram feitas, isso não podemos negar. Desde a parceria com as fast-fashions até um novo padrão de desfile de moda, Karl é o exemplo que não podemos amar o artista, mas a sua obra é irretocável.
A maior contribuição de Karl Lagerfeld pode ter sido o exercício de observação, da dualidade inerente ao ser humano, do que queremos ser e do que também não queremos.