Para muitos a moda é apenas uma questão estética ou até mesmo de futilidade. Será? Quando falamos em estilo e pensamos no que vestir, questões sociais são postas a prova e, com certeza, você que está aí lendo do outro lado da tela, quer falar alguma coisa através da roupa que está usando. Mas, muitas vezes ela fala por si só.
O Twitter ficou pavoroso quando viu as fotos da primeira dama dos Estados Unidos, Melania Trump, na convenção do Partido Republicado. O motivo? A jaqueta em verde militar by Alexander McQueen seguida por uma saia da mesma marca e tonalidade. Pronta para o combate, não?
A mensagem ficou clara para muitos. Imagem pessoal e stylist não correspondiam com o discurso da Trump, que seguia em panos mornos ao defender o marido, o trabalho, às vítimas do COVID-19 e falas sobre o racismo.
O look trouxe um ar de autoridade e muitos compararam com as antigas fardas da União Soviética. Indo mais longe, o perfil @Diet_Prada compartilhou no Instagram um vídeo que assemelha a roupa da primeira dama a uniformes de vários ditadores, como Hitler e Mussoline, por exemplo.
Mas não é de hoje que Melania usou uma peça de roupa que não precisava de legenda para dizer algo. Como não lembrar quando em 2018 , a esposa de Donald Trump foi visitar as crianças imigrantes que estavam no Texas com uma parka da Zara escrita “Eu realmente não me importo, e você?”.
Vindo para as nossas terras, também em 2018 a marca de roupas Lança Perfume teve a brilhante ideia de criar uma coleção inspirada em Berlim, capital da Alemanha. As peças foram divulgadas cheias de símbolos… nazistas! Isso mesmo. A referência foi ao exército alemão e causou revolta de muita gente. Depois de críticas, veio uma nota aberta, e as roupas foram tiradas do ar.
A pergunta que fica é: como uma figura pública ou uma marca onde existem várias pessoas trabalhando em torno delas, deixam algo assim passar? É de se questionar qual a real intenção com tudo isso.
