Na última semana foi lançado o polêmico documentário “Anitta: Made in Honório”, produção da cantora com a Netflix. Acredito que muitas pessoas se viram no papel principal, onde mostra Anitta pessoa, empresária, artista e todas as funções que a mesma acumulou durante anos, galgando assim, até o topo da indústria musical.
Durante os 6 episódios de pouco mais de 20 minutos, podemos acompanhar trechos de momentos selecionados e gravados durante o ano passado (2019). Para muitos, por incrível que pareça, Anitta é só chegar, cantar, rebolar a bunda e acabou. Como toda empresa, não existe uma fórmula de sucesso a não ser muito trabalho, dor de cabeça e dedicação. Desconfie dos falsos profetas.
Para quem não tem certos tipos de privilégios, esse caminho com certeza se torna mais difícil e, por muitas vezes, é preciso brigar pelo topo. A vida, né? Muitos foram os comentários sobre a série, mas o que mais chamou atenção, foi o temperamento da Anitta em relação aos funcionários e sócios. Me pergunto em qual mundo as pessoas do cancelamento digital vivem, ou se já estão inseridas no mercado de trabalho.
Fala-se de assédio moral e falta de educação. O que ficou nítido na minha ótica, é que boa parte dos que estão ativos nas redes sociais, buscam fantasiar um mundo inalcançável. Imaginem se a Anitta não fosse a Anitta durante esse tempo todo, teria chegado onde chegou?
Lidar com os erros e frustrações demanda todo um processo de aceitação e análise. Nós passamos por essas mutações diariamente, e entendemos que eles existem para buscar uma constante evolução. O que não se deve fazer, é permanecer no looping eterno, onde o que foi feito de uma maneira errônea, se torne vicioso. O que você faria nesses casos quando sua vida naquele momento, dependesse de um grupo de pessoas escolhidas para isso, e as mesmas não correspondessem à função?
Buscar sombrear alguns fatos e acontecimentos cotidianos chega a ser perigoso em diversos sentidos. É preciso que cada um esteja preparado e saiba como lidar com situações que por muitas vezes, fogem do nosso controle. Anitta não mostra ignorância, mostra vulnerabilidade. Não estou aqui para fazer juízo de valor sobre o certo e o errado, até porque a lógica não é universal. Mas, acima de tudo, precisamos ser fiéis a nós mesmos, a quem somos e lutar por aquilo que acreditamos.
Eu acredito em um mundo com mais ação e menos fantasias. A realidade do digital por muitas vezes nos blinda de fatos que acontecem no offline. É fácil vender a ilusão, por isso que tem tanta gente com contas milionárias dentro e fora do Instagram. Hoje, a Anitta, criada por Larissa, me inspira. Além de um produto, Anitta se tornou uma ode ao sucesso.