Beyoncé voltou aos palcos após um hiato de quase 5 anos. Com looks que podem ser aulas de história da moda, passando por Mugler, Alexander McQueen e Balmain, a #RenaissanceWorldTour teve seu início em Estocolmo e embalou hits atuais e clássicos da carreira da Queen B.
Para longe do espetáculo, em um determinado momento do show, vale a nossa atenção quando o telão sinaliza: “Uma rainha se move em seu próprio tempo”. E assim se constrói algo tão grandioso que faça valer o esforço e a pena. Cobranças internas e externas nos fazem a todo momento achar que estamos para trás, um passo curto em uma jornada criativa que necessita do seu tempo certo para ser executada.
Estamos tão acostumados com a agilidade das coisas que em determinados momentos somos movidos pelo consumo genérico seja da moda, na música, no entretenimento. Essa linha de pensamento sobre #Beyonce nos faz questionar que quem consome um produto não está diretamente ligado ao deleite pela obra, mas pela velocidade que aquilo será trabalhado. Lança álbum, lança clipe, lança turnê, figurino. É tudo para agora. Como se fosse um serviço de fast-food barato para satisfazer e alimentar mentes inquietas.
E assim como o look da foto, somos todos cercados de muitas mãos que em algum momento querem um pedaço. Qual o limite da superexposição em um mundo comandado por telas e toques? É como se todos nós ficássemos condicionados a virar um produto palpável, algo disponível em prateleiras na sociedade do espetáculo.
E há tanto a aprender com a história de uma protagonista preta no mundo da cultura pop. Desde a escolha de preservar uma vida íntima em meio a geração de paparazzis até se tornar uma força divina em um palco.
A excelência levou a Beyoncé a um patamar que ela não precisa mais provar nada a ninguém, apenas fazer sua arte e o que faz realmente sentido. E é isso que devemos entender sobre jornadas e propósitos, cada um está dançando dentro do seu próprio ritmo. Talvez uns mais para bossa nova outros para um rock n’roll.
O que não podemos é ficar parados.