Nos últimos dias, todos nós demos de cara com o anúncio da Magazine Luiza falando que a próxima seleção trainee, seria voltada apenas para os concorrentes negros (se inscreva AQUI). Claro que o tribunal da internet caiu em cima e, por incrível que pareça, existe uma parcela da população que busca não entender a falta de oportunidades e representatividade dentro do mercado de trabalho.
A dívida histórica existe e o preconceito ainda é muito enraizado. As pessoas brancas tem por obrigação reconhecer seus privilégios e locais de fala. 2020 está nos mostrando que várias mudanças são precisas e necessárias, o sistema ainda é cruel.
Existem algumas coisas que podemos fazer para que pautas como essa da Magazine Luiza, não tenha viés de espetáculo. Uma delas é apoiar o empresário negro. Sim, quantas marcas e empresas bacanas criadas e idealizadas por negros tem alcance de mídia no mercado?
A influenciadora Magá Moura, a.k.a @Magavilhas, se aventurou no mundo dos negócios de moda e lançou ao lado da sua mãe, Margô Alves, a Magá Moura Modas.
Magá é uma das poucas pessoas negras que estão inseridas dentro do mercado da comunicação digital com destaque entre tantas outras loiras, magras e brancas, por exemplo. Ela criou uma comunidade consolidada de seguidores fieis, onde quando abraçou por completo sua negritude, conseguiu feitos extraordinários no meio da comunicação.
Além da loja trazer toda estética colorida da Magá, o sentimento é de conquista não só para ela, mas para todos os jovens negros que tem um sonho de conquistar o seu espaço. A representatividade importa, e muito.
“Minha vida mudou para sempre quando eu decidi parar de reproduzir os padrões estéticos que sempre foram impostos a mim, principalmente enquanto mulher negra”, afirma Magá.
Quando a gente passa a entender que tudo é muito além de compra e venda, o nosso mundo muda. Não queremos financiar um mercado pautado apenas no lucro. Quando apoiamos marcas criadas por pessoas negras, estamos dando a oportunidade de serem quem são, de traduzirem suas raízes para o mundo inteiro e, acima de tudo, estamos abraçando as diferenças e criando ainda mais visibilidade.